Já é um conhecimento disseminado o quanto a tecnologia vem crescendo nos últimos anos, especialmente na parte de computação gráfica. Mas pouca gente sabe dizer qual é a relação que isso pode ter com o crescimento do setor imobiliário.
De fato, segundo o próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mesmo em época de crise, o segmento de construção civil e de venda e locação de imóveis tende a crescer, como foi no último período, o de maior desafio dos últimos anos.
Quem consegue comprovar essa curva de crescimento em números é uma organização ainda mais específica e nichada, que tem uma precisão maior. Trata-se da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a CBIC, que registrou uma subida de 16%.
Lembrando que esses números incluem todo tipo de transação do setor imobiliário, seja a locação de uma sala reunião pequena para uma empresa, seja a locação ou venda de um apartamento para uma família que negocia como Pessoa Física.
Um dado importante de se levar em conta é que, durante a crise, houve um fator que auxiliou bastante esse segmento, bem como a rotina dos corretores: justamente o da computação gráfica, da tecnologia de softwares e de aplicativos como um todo.
Ou seja, assim como vinte anos atrás todo profissional precisava aprender a utilizar um computador novo, mandar e-mails e usar a internet, hoje alguns profissionais já não podem se firmar sem conhecimentos transversais, como este.
Portanto, atualmente um corretor pode investir em conhecimento e aplicação desse tipo de tecnologia já não apenas por questão de excelência, mas também de sobrevivência. Por isso decidimos escrever este artigo, com dicas preciosas sobre o assunto.
Se você quer compreender a fundo como isso pode mudar uma carreira e tornar um corretor muito mais eficiente e competitivo, basta seguir adiante na leitura.
O que exatamente é a computação gráfica?
Se prestarmos atenção nas produções cinematográficas, na publicidade e até nos games produzidos mais recentemente, vamos perceber que a computação gráfica e até a modelagem tridimensional já estão em todo lugar.
Além dessa presença em produtos ou soluções de massa, também há aplicações da computação gráfica em áreas tão sérias quanto a engenharia e até a medicina. Ou seja, lidando com construções e com vidas, a tecnologia tem sido nossa aliada.
Depois disso tudo vieram as impressoras 3D, que já apontam para a possibilidade de “imprimir” um órgão humano e ajudar em cirurgias de transplante. Elas também serão úteis em vários outros nichos mais propriamente tecnológicos.
Assim, o ramo imobiliário também não poderia deixar de ser impactado por tudo isso. Os programas de engenharia civil, georreferenciamento e projeção ou remediação do solo já são conhecidos, e hoje a construção civil não seria a mesma sem eles.
Na verdade, dependendo do ponto de vista esse segmento foi um dos primeiros a ser transformado pela tecnologia, se levarmos em conta que os softwares que vêm ajudando nessa área existem desde a década de 1990.
Abaixo, vamos aprofundar sua aplicação neste setor específico e suas relações diretas com o ramo de corretagem de imóveis, residenciais e comerciais.
A computação gráfica aplicada ao setor imobiliário
Como vimos, hoje quando um engenheiro, arquiteto ou designer quer tocar um projeto de jardinagem e paisagismo, dificilmente ele vai dar os primeiros passos antes de fazer um levantamento da planta baixa do local, e desenhar tudo primeiro no computador.
Aí é que entram os corretores imobiliários também, cuja presença digital pode ajudar em várias frentes, tais como:
- O tour virtual em 360 graus;
- As plataformas de venda online;
- O design de interiores;
- Os softwares de ambientação;
- As maquetes eletrônicas;
- Entre outras frentes similares.
Ou seja, desde a aplicação comercial e de comunicação, até os recursos mais refinados de desenvolvimento de projeto e simulação de imóveis residenciais ou comerciais, a computação gráfica pode ajudar em praticamente toda a rotina do setor.
Como funciona um tour virtual em 360º?
Hoje em dia, todo internauta já deve saber que é possível conhecer vários países do mundo sem sair do lugar. Não apenas por fotos e vídeos, mas por meio de um tour virtual em 360 graus, que “transporta” o usuário para o local desejado.
Assim, ele é capaz de andar pelas ruas do mundo todo e, em alguns casos, entrar em certas edificações. É o caso, por exemplo, dos museus, que vêm sendo “digitalizados” e já permitem que uma pessoa navegue livremente pelos seus corredores e obras.
No ramo imobiliário existem os softwares de ambientação, que trabalham a computação gráfica tridimensional de modo bastante evoluído. É possível projetar um imóvel em detalhes, da lareira da sala até a calha para telhado que fica no quintal.
Lembrando que isso é útil não apenas para a engenharia, mas os próprios clientes podem desfrutar desse tipo de apresentação, fazendo, justamente, um tour virtual. Hoje muita gente “visita” casas e salas comerciais assim, seja para alugar ou comprar.
Aí, só depois de a pessoa confirmar que o local atende suas necessidades e o seu gosto, começam as visitas presenciais. Isso pode economizar muito tempo e otimizar até mesmo vários gastos de transporte.
Justamente por isso, um corretor que tenha esse diferencial em suas especialidades vai poder não apenas agradar seus clientes, como trabalhar com imóveis cada vez mais interessantes e com ticket médio maior, podendo faturar mais em seu trabalho.
A revolução do Virtual Home Staging
Além de poder visitar um imóvel sem sair de casa, por meio do tour virtual, também é possível aplicar a computação gráfica em uma frente bastante parecida, mas que pode trazer o cliente ainda mais para perto, de maneira a fidelizá-lo.
Essa novidade já está sendo implementada no Brasil, e é conhecida pela sigla VHS, de Virtual Home Staging. O termo staging existe desde a década de 1970, surgiu nos EUA como sinônimo de “arrumação”, ou “preparo” de uma casa para locação.
Trata-se do serviço de organizar o local para torná-lo mais interessante. Isso podia ir desde a reforma de fachada até uma simples arrumação no interior da casa, quando ela fosse ser vendida com os móveis já instalados.
Atualmente, o que a tecnologia faz com o software de VHS é incrível: ela “arruma” o imóvel inteiro, digitalmente, desde pintura e iluminação até os móveis. Afinal, quem nunca tirou uma foto de um local incrível e acabou não gostando muito do resultado final?
O que o software faz é tornar uma foto ou vídeo muito mais interessante, além de mobiliar o imóvel em detalhes. Imagine a sala dos sonhos montada pelo computador, sem precisar bater um prego, ou o escritório visto do jeito que você queria.
Aí sim, caso a pessoa aprove, começam as alterações reais pelas quais o imóvel precisa passar. Além de agradar o cliente, isso ainda otimiza os investimentos da imobiliária.
Ou seja, o corretor só vai emitir um pedido de reforma e instalações depois que o contrato estiver assinado, o que facilita e muito o negócio em termos financeiros. Logo, o profissional que souber aplicar essa computação gráfica, vai ter mais um diferencial.
O que a venda online ganha com tudo isso?
Quando falamos em tour virtual, estamos nos referindo a uma plataforma online, não é mesmo? Ou seja, é o site da imobiliária que vai precisar suportar e promover esse tipo de solução da área de computação gráfica.
Os demais softwares que citamos também influenciam em grande medida todo o design do site, pois muitos recursos poderão ser aplicados já com vistas às fotos e vídeos de exposição. Assim, a plataforma vai gerar muito mais leads e oportunidades.
Imagine se uma imobiliária vai alugar ou vender um colégio particular. Qual não é a quantidade de alterações e adaptações que um cliente pode solicitar em relação ao projeto pessoal que ele mesmo concebeu?
Por isso mesmo, a própria venda online pode ser potencializada por meio da computação gráfica, elevando ela a um fator que vai muito além de um simples “diferencial na hora do fechamento”, para ser um diferencial no marketing e na publicidade.
Bônus: as vantagens e benefícios
Todo mundo sabe qual é a importância que uma embalagem tem na hora de vender um produto, não é mesmo? Por isso, acima citamos as maquetes eletrônicas tridimensionais, que podem ser algo como a “embalagem” do ramo imobiliário.
Ao ver uma maquete desenvolvida com nível de excelência, certamente os clientes vão ter uma experiência de compra muito melhor. Hoje, algumas são projetadas pela computação gráfica e só depois são montadas, atingindo níveis incríveis de realismo.
Elas podem contar com materiais reais de construção, como divisória de gesso para quarto em miniatura, além de áreas com água, madeiras, redes e outros materiais de verdade, especialmente adaptados para isso.
Deste modo, fica claro que todo investimento em computação gráfica é, no fundo, um investimento na embalagem do produto, tornando-o muito mais interessante para o cliente, e muito mais viável e lucrativo para o corretor e as imobiliárias.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.