Ao longo dos últimos anos, a economia brasileira pode notar um desenvolvimento interessante do mercado imobiliário, em comparação com outras eras, em que houve um registro baixo na construção e aquisição de novas moradias.
O país passou por três fases importantes no quesito imobiliário.
A primeira, chamada de “Era de Ouro”, ocorreu numa época em que registrou-se uma alta nas vendas de imóveis, muito por conta da consolidação política e econômica no país.
Entre os anos de 2008 e 2013, muitas incorporadoras expandiram seus negócios no Brasil, demonstrando grandes resultados na venda de imóveis e na construção deles.
Depois dessa fase, o Brasil encontrou-se em uma fase de crise econômica e política, o que desencadeou a falta de procura por esse mercado, levando grandes empresas à falência.
Porém, em 2019, os brasileiros passaram a viver a “Era da Eficiência”, onde passou a se notar um alto interesse na retomada dos serviços, bem como a compra e venda de imóveis por todo o território, trazendo de volta o interesse da população.
A principais tendências do mercado imobiliário
De acordo com informações divulgadas na imprensa em outubro deste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a construção civil está em um contínuo caminho de crescimento ao longo de todo um trimestre.
Esse resultado traz, além da positividade do mercado, altos índices em atividades relacionadas à área e ainda geração de empregos, algo importante para um país que assim como tantos outros sofreu um profundo impacto com os efeitos da pandemia.
Mas esse crescimento só aconteceu por conta de inúmeras motivações relacionadas à modernidade comportamental, social e tecnológica. Inclui-se ainda um bom impulsionamento das instituições que oferecem financiamento para pessoas físicas.
Esse financiamento vale para:
- Casas;
- Apartamentos;
- Fazendas e sítios;
- Imóveis comerciais.
Um desses possibilitadores é a Caixa Econômica Federal. A instituição pública reduziu altamente alguns juros em determinados financiamentos de imóveis, implementando programas e incentivando mais potencialidades de negócios para o mercado imobiliário.
Existem ainda outras possibilidades de financiamento que imobiliárias e brancos têm cada vez mais implementado em conjunto, com o objetivo de oferecer mais condições para vários tipos de públicos, com seus diferentes tipos de capital financeiro.
Esses e outros incentivos foram – e são – essenciais para o estado positivo atual do mercado imobiliário.
Que tal conhecer algumas das tendências para esse crescimento, muitas que já estão em prática e outras que tendem a crescer ainda mais nos anos que estão por vir?
1 – Compactos e mais compactos
Com as transformações tecnológicas nas grandes cidades, especialmente nos grandes polos de mercado do país, o dia a dia de trabalhadores costuma ser rápido, e as condições de trabalhos cada vez mais difíceis, abre caminho para vidas mais sustentáveis.
A sustentabilidade, no caso, entre em comum acordo com vidas mais compactas, seja na escolha de produtos para dentro das casas quanto para os espaços, geralmente buscados por uma ou no máximo duas pessoas.
Essa é uma prática e uma realidade, em sua maioria, em países orientais, lugares em que muitas pessoas vivem em locais adaptados para a realidade de uma ou poucas pessoas, geralmente ofertando moradias mais em conta e menores, em comparação à uma casa.
Nesses lugares é possível encontrar um box de banheiro fume retrátil, camas que viram sofás, cozinhas e salas reunidas, bem como outros exemplos de cômodos e lugares de uma casa que resultam em escolhas econômicas, voltadas para ideias de espaços mínimos.
Os preços desses locais são bem mais em conta, especialmente para jovens e adultos que acabam de sair de casa.
Essas opções têm alavancado o mercado, e novas construções prometem continuar essa procura e popularidade nos próximos anos.
2 – Condomínios cidades
Uma tendência que têm relacionado tanto modernidade quanto a consequências do crescimento exorbitante das cidades, são as opções no mercado imobiliário de moradia em condomínios cidades, uma espécie de solução para quem quer o que deseja perto de casa.
Sobre o crescimento das grandes cidades, um dos principais problemas que futuros compradores tentam solucionar é a falta de segurança.
Morar em condomînios fechados e que tenham possibilidades de mercado ou lazer naquele mesmo lugar é uma alta tendência.
Nessas modalidades de moradias é comum ver padarias, sorveterias, lojas de construção, costureiras, médicos, empresas de manutenção elétrica industrial e muitas outras opções de consumo de comércio e lazer, próximas ou até mesmo dentro de condomínios.
A possibilidade de ter próximo de casa locais onde se pode ir no dia a dia faz com que muitas pessoas permaneçam nesses lugares, valorizando ainda mais a efetividade e importância desse tipo imobiliário.
3 – Modelo pay per use
Geralmente, ao morar em uma residência, ou utilizar os serviços de um condomínio, é necessário pagar taxas e mais taxas pelos serviços utilizados, ou até mesmo seguros dos mesmos. Isso muitas vezes incomoda quem, por exemplo, passa pouco tempo em lugares.
Os serviços pay per use, ou pagamento por uso, são ideias parecidas com aplicativos de corrida, cuidados com pets, serviços de limpezas de diaristas, limpeza de fachada e outros.
Basicamente, o pay per use traz a possibilidade de pagamento e custo somente para um serviço único utilizado, relacionado ao mercado imobiliário. Um bom exemplo, que têm sido popular ultimamente, é o pagamento mensal de serviço de aluguel de moradia.
Você contrata um serviço comum, mas nesse caso há a modalidade de ter um apartamento ou uma casa por um tempo determinado por você. No valor estão inclusos todos os serviços relacionados ao tempo de uso.
Caso você saia do local, não será mais necessário o pagamento de nenhum serviço a mais, encerrando facilmente o contato com aquele produto ou serviço.
Os imóveis que oferecem esses serviços geralmente são escolhas modernas, prédios altamente decorados, com retrofit fachada, e voltados para público jovem, na maioria das vezes, os maiores utilitários desta modalidade.
Da mesma maneira, a escolha desse tipo de moradia é interessante para quem não tem condições em grandes investimentos ou manutenções pesadas na estrutura de uma casa.
Digamos que em uma residência ocorre um grande acidente ocasionado pelo efeito de chuvas, se fazendo necessária a troca de um pergolado simples. Esse é um investimento um tanto caro, e a possibilidade de não ter que arcar com esse gasto é um ponto positivo.
4 – Moradias compartilhadas
Algo interessante, e que têm cada vez mais a ver com a realidade de jovens no mercado de trabalho, são espaços de compartilhamento total, seja para trabalho ou moradia.
Cada vez mais o mercado têm sentido a aquisição de imóveis para um uso de todos os presentes. Ou seja, muitos jovens têm o costume de ter suas empresas fixadas em locais onde outras empresas também trabalham. Esses lugares são chamados de coworking.
São geralmente casas ou salas empresariais dispostas em andares ou com grande quantidades de salas. Nesses locais, é possível acessar escritórios com preços baixos e dividir áreas em comum, como copas, banheiros e salas de espera, por exemplo.
O interessante é também dividir custos e possíveis concertos, como no caso da manutenção de um telhado estrutura metálica em um prédio comercial onde estão localizados escritórios de coworking.
A união de empresas com capitais diferenciados pode ser uma boa alternativa, ao invés de um pagamento vindo de uma única empresa responsável pelo prédio.
Além do coworking, uma prática imobiliária que vem apresentando uma grande tendência é o coliving. Funcionando da mesma forma que o exemplo anterior, o coliving dispões de prédios modernos em que pessoas dividem área em comum.
Assim como no pay for use, esses lugares funcionam via pagamento mensal, ou de quanto tempo a pessoa ficar no local, trazendo o conforto de uma casa própria por um tempo determinado pelo próprio consumidor.
5 – Espaços cada vez mais tecnológicos
Um compactador de solo manual, otimização de equipamentos eletrônicos na casa, entradas de portas com chaves eletrônicas. Essas são algumas das muitas inovações tecnológicas possíveis de serem encontradas nos imóveis do futuro.
Na verdade, essa não é apenas uma projeção do futuro, e sim do presente. Muitos imóveis hoje em dia dispõem de inúmeras possibilidades tecnológicas, que auxiliam cada vez mais moradores que possuem vidas conectadas com tudo ao seu redor.
Possivelmente, essa será uma grande tendência imobiliária nos próximos anos, afinal, muitas pessoas já têm em suas residências equipamentos e máquinas avançadas que melhoram as experiências e as rotinas na cidade grande.
É possível, por exemplo, encontrar em plantas de empreendimentos escadas rolantes ao invés de escadas com corrimão em ferro, elevadores que levam à porta de casa, trituradores de lixo automáticos, lava louças embutidos e muitas outras possibilidades.
Até mesmo na hora dos contratos imobiliários a tecnologia já estará cada vez mais inserida. Assinaturas eletrônicas são cada vez mais pedidas por empresas e por pessoas físicas, e auxiliam ambos os lados em casos de distanciamentos coletivos, por exemplo.
Com isso, fica claro como o mercado imobiliário está demasiadamente propenso ao desenvolvimento para os próximos anos, a começar dos dias atuais.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.