O financiamento é uma das opções mais procuradas para a aquisição de imóveis. Nos últimos anos, com a queda da taxa de juros e as condições de empréstimo, conquistar o sonho da casa própria é uma realidade cada vez mais próxima de muitos brasileiros.
No entanto, é preciso tomar algumas precauções ao pedir crédito às instituições financeiras, para que o seu planejamento financeiro não fique comprometido ou, pior ainda, você corra o risco de perder a sua casa.
Sendo assim, mesmo que você tenha ficado encantado(a) com a pintura predial externa, bem como com a unidade habitacional, vale a pena pensar com calma e avaliar as condições de financiamento, antes de entrar de cabeça no negócio.
No artigo de hoje, confira alguns cuidados que devemos ter ao financiar um apartamento.
1 – Faça a comparação das linhas de crédito do financiamento
Após encontrar o imóvel que você deseja, vale a pena procurar mais de uma opção de crédito imobiliário.
Dessa forma, é possível comparar as taxas de juros de financiamento, bem como o Custo Efetivo Total (CET), para saber qual instituição oferece as melhores condições.
Uma dica é começar pelas simulações online. Hoje em dia, muitas entidades de crédito oferecem a possibilidade de simular o financiamento através de aplicativos online, de forma simples e rápida.
Funciona de modo similar a uma ambientação 3d, mas você verá as opções de parcela, conforme a entrada disponível.
2 – Avalie a sua renda
Por vezes, ficamos encantados com um determinado imóvel, porém, a nossa renda disponível não é suficiente para pagar um financiamento.
Em geral, as instituições financeiras, principalmente os bancos, não permitem que o cliente comprometa mais de 30% da sua renda com a parcela do imóvel.
Essa é uma maneira de evitar que os consumidores tenham dificuldade de pagar e, como consequência, se tornem inadimplentes.
Contudo, o recomendável é que o comprador utilize menos do que 30% para a compra do imóvel. Afinal, é preciso incluir outras contas que fazem parte das despesas domésticas, como água, energia elétrica, supermercado, ou até mesmo gastos como escola e lazer.
Além disso, você vai querer comprar itens novos para a sua casa, como uma persiana sala apartamento, trocar um móvel, decorar um ambiente. Tudo isso tem um custo, por isso, vale a pena sempre levar em conta um valor um pouco mais alto.
Outra dica é, se possível, preferir fazer o financiamento de imóveis em menos tempo. Dessa forma, o custo dos juros é menor.
Porém, neste caso, as parcelas costumam ser um pouco maiores. Daí a importância de avaliar bem a sua renda e orçamento, para saber o que é melhor para você.
3 – Não esqueça dos custos com a documentação e financiamento
O valor de um apartamento financiado vai muito além do preço das prestações. É preciso incluir outros custos, em especial, com relação à documentação.
Logo de cara você já vai ter que gastar com alguns pagamentos, incluindo:
- Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI);
- Avaliação jurídica da documentação;
- Despesas do cartório;
- Avaliação do imóvel por um engenheiro.
Esses valores podem variar conforme a região em que você se encontra, bem como o próprio preço do imóvel. No caso do ITBI, por exemplo, o valor varia conforme a cidade..
Também vale verificar se a propriedade não necessita de outras avaliações extras, como georreferenciamento de imóveis urbanos e outros processos que também demandam custos adicionais.
Da mesma forma, algumas instituições financeiras oferecem empréstimos para a documentação. Mas lembre-se que é mais uma parcela com juros que você terá que pagar.
4 – Dê preferência para empresas confiáveis
Com o avanço da internet e a ampliação dos empreendimentos digitais, é muito fácil encontrar várias empresas e profissionais que oferecem financiamento de imóvel. Contudo, é preciso tomar cuidado para não cair em golpes.
Por esse motivo, se a sua intenção é pedir um financiamento para o seu imóvel, é recomendável dar preferência por instituições renomadas, que tenham experiência em empréstimo em imobiliárias e transmitam confiança para os clientes.
Para isso, se assegure que a empresa está devidamente registrada nos órgãos competentes. Lembre-se que além de lidar com dinheiro, as instituições também lidam com seus dados pessoais, por isso, todo cuidado é pouco.
Isso vale não só para os trabalhos de financiamento, mas após adquirir o imóvel, se você quiser investir em uma reforma, vale a pena procurar por empreendimentos confiáveis. Afinal de contas, você está se ocupando com a sua casa própria.
Por esse motivo, procure empresas de instalação elétrica que tenham credibilidade, bem como outros profissionais renomados.
5 – Verifique todas as cláusulas contratuais
Depois de escolher a instituição financeira adequada, é fundamental ler o contrato por completo e entender todas as cláusulas dispostas. Caso tenha alguma dúvida, aproveite para perguntar ao gerente ou profissional especializado.
Vale dizer que, se não bem entendido, o contrato pode incluir cláusulas que prejudicam o comprador. Por exemplo, cobranças indevidas ou desnecessárias, ou até mesmo aumento da taxa de juros sem aviso prévio.
Inclusive, é fundamental que todos os acordos sejam selados com talão personalizado, incluindo assinaturas dos envolvidos (vendedores, compradores e intermediários).
Além do mais, vale dizer que quem compra um imóvel na planta não precisa continuar o financiamento com o banco que participou da obra. Isso porque é possível encontrar instituições que oferecem melhores condições.
Portanto, se essa obrigatoriedade estiver disposta no contrato, o comprador tem o direito de contestar a cláusula.
Ao mesmo tempo, quem quiser ter mais confiança na hora de fechar um financiamento, vale a pena perguntar a opinião de um especialista, como um advogado. Afinal de contas, a aquisição de um imóvel pode ser uma das compras mais importantes da sua vida.
Por isso, você vai querer cuidar com carinho da propriedade, realizando algumas obras de impermeabilização de laje com silicone, entre outros pequenos detalhes, ainda mais se a compra do apartamento é para você morar.
6 – Fuja das “pegadinhas” de contrato
Em um contrato de financiamento de um imóvel junto à instituição financeira, principalmente com bancos, apenas dois seguros são obrigatórios e estão embutidos no Custo Efetivo Total (CET).
Eles são o seguro de morte ou invalidez permanente e o seguro de danos físicos ao imóvel (DFI).
No primeiro caso, o seguro de morte ou invalidez quita o saldo devedor no caso de morte ou invalidez do mutuário (a alíquota pode variar conforme a idade do comprador, sendo calculada sobre o saldo devedor, mês a mês).
Já o seguro de danos físicos ao imóvel (DFI) é responsável por cobrir a garantia do banco, que no caso, é o próprio imóvel. Essa taxa é calculada diretamente sobre o valor da propriedade.
Inclusive, ela também pode ter certas variações, caso o imóvel tenha algumas seguranças a mais, como uma central de monitoramento cftv.
De qualquer forma, é fundamental ler todo o contrato para verificar se a instituição não exige o pagamento de qualquer outro seguro que não seja obrigatório. Se isso ocorrer, o comprador tem direito de contestar.
7 – Tenha em mãos o dinheiro da entrada e do financiamento
No caso de um apartamento já pronto, isto é, que não foi comprado na planta, é fundamental que o comprador ofereça, pelo menos, 40% do valor na entrada.
Isso assegura que o valor das parcelas não ultrapasse os 30% da renda, como mostramos anteriormente, além de ser uma maneira de reduzir o valor da mensalidade e evitar gastos excessivos com juros ao longo dos anos.
Por esse motivo que, antes de pedir um financiamento, vale a pena dar uma procurada nos imóveis disponíveis para a venda e avaliar a faixa de preço que melhor atende o seu orçamento.
Fazer um negócio sem segurança pode ser um “tiro no pé”, ainda mais se tratando de transações imobiliárias. Por isso, não compre por impulso.
Conclusão
O financiamento de um imóvel é uma das opções mais vantajosas para quem quer realizar o sonho da casa própria, porém não tem dinheiro suficiente para pagar integralmente o valor da propriedade.
Com a redução da taxa de juros, os pedidos de empréstimo cresceram muito nos últimos anos. Além disso, muitos bancos e instituições financeiras oferecem condições mais prósperas para a compra do primeiro imóvel, ou até parceria com programas sociais.
Por esse motivo, vale a pena avaliar qual é a melhor alternativa para o seu caso e, com isso, iniciar a simulação junto aos bancos e instituições.
Ao mesmo tempo, vale a pena adotar alguns cuidados para não cair em pegadinhas, ou pior: em golpes!
Com as dicas de hoje, você terá mais confiança em fazer o seu financiamento e, dessa forma, ficar bem mais perto de realizar a aquisição do seu imóvel.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.