Contar histórias é uma tradição da humanidade. Desde os tempos mais remotos, o homem registra narrativas em cavernas, recria contos pela oralidade e transmite valores pelas palavras. Hoje, já é possível contar com técnicas específicas como o storytelling.
Basicamente, com a revolução tecnológica e o progresso da internet, o virtual abriu novas possibilidades para as histórias, com o chamado storytelling.
Na prática o conceito nada mais é que uma maneira nova de narrar, com o uso de tecnologias da informação e da comunicação.
As boas histórias são capazes de encantar, despertar emoções e ampliar o imaginário das pessoas.
Mais do que isso, alguns contos trazem lembranças e são importantes para a construção dos valores humanos, com lições de superação, respeito e aprendizados.
Por esse motivo, o storytelling passou a ter grande destaque em muitas estratégias de marketing, ainda mais quando se deseja causar impactos nos clientes e conquistá-los não só pela razão, mas também pelo coração.
O que é storytelling?
A palavra storytelling tem origem da língua inglesa, sendo uma junção de “story” (história) e “telling” (contar).
Assim, percebemos que o conceito refere-se à arte de contar, desenvolver, criar e adaptar histórias, em conjunto com elementos específicos, como personagens, ambientação, contextos, conflitos e mensagens.
O storytelling tem um começo, um meio (clímax) e um fim, sendo usado para transmitir uma mensagem ao público, com intenção de atingir o nível emocional.
Ademais, a técnica de contar histórias, quando bem executada, é capaz de gerar empatia nos receptores, que se identificam com a narrativa.
Além disso, toda boa história tem um conflito: é ele que irá manter o engajamento do público e despertar o interesse.
Por essa razão, um bom storytelling conta com todos esses elementos e vai além da história: ele utiliza recursos audiovisuais, tecnológicos e, até mesmo, virtuais para captar ainda mais a atenção dos receptores.
No marketing, a grande potencialidade do storytelling, especialmente no nível da emoção, fez com que a técnica fizesse parte do marketing de conteúdo, sendo aplicado por inúmeras empresas na construção de propagandas.
O storytelling também foi responsável pela criação da identidade dos negócios ao transmitir valores e conexões para o público.
Para ter esse “laço” emocional com o cliente, é necessário que a história contada tenha esses quatro elementos:
- Seja real ou próxima da realidade;
- Mexa com as emoções e sentimentos;
- Tenha uma conexão com o cliente;
- Gere empatia pelo que está sendo contado.
Durante a construção do storytelling, é importante desenvolver a figura de um “herói”, isto é, um personagem responsável por resolver o conflito da narrativa.
Para as empresas, o interessante é colocar o herói como o próprio cliente, ou como o próprio negócio (quando há uma resolução do problema do cliente).
Confira um exemplo abaixo:
“João era funcionário de uma indústria metalúrgica e sofria constantemente com os ruídos do local de trabalho. Queixou-se sobre isso, já que estava difícil, até mesmo, ouvir o chamado de seus filhos no período de descanso em casa.
Ao perceber o incômodo de João e de outros colaboradores da indústria, Pedro, o gerente de produção, resolveu investir em um gerador silencioso a diesel. Com isso, a qualidade de vida dos trabalhadores da metalúrgica melhorou muito!”.
Apesar de não ser uma história grandiosa, o storytelling acima trouxe os elementos fundamentais para a identificação do cliente.
Ou seja, traz personagens, ambientação, uma problemática que gera empatia e a figura de um herói (no caso, Pedro), que resolveu o conflito com um produto específico. É aí que a empresa pode fazer a sua divulgação!
Como aplicar o storytelling na venda de imóveis?
De um modo geral, as imobiliárias podem se beneficiar muito do storytelling para as estratégias de marketing.
Isso porque quando investimos em um imóvel, geralmente procuramos um espaço seguro, no qual possamos nos sentir acolhidos. Isso quer dizer que queremos um lar e só isso já desperta uma série de emoções.
Nas estratégias de marketing imobiliário, o storytelling pode fazer uso de uma história específica, como de um cliente satisfeito para captar a atenção de outros públicos que podem se identificar.
Veja um exemplo para a venda de um apartamento em um condomínio com sistemas de prevenção e combate à incêndio abaixo:
“Paula perdeu tudo em um incêndio. Ninguém esperava que isso fosse acontecer, mas um curto-circuito prejudicou toda a sua família. Sorte que ninguém estava em casa naquele dia! A perda foi somente material.
Paula não quer passar por isso novamente e, ao procurar um novo imóvel com o dinheiro do seguro, fez questão de conferir a instalação de sprinklers, saídas de emergência, extintores de incêndio e mangueiras estrategicamente localizadas.
Ela ainda tem medo do fogo. Mas, em nosso condomínio, consegue esquecer as chamas e viver em paz.”.
Apesar de trágica, a história de Paula faz com que muitos clientes, interessados em viver com segurança, busquem por um condomínio com todos os elementos de prevenção contra incêndio.
Em conjunto a isso, a imobiliária pode ressaltar a presença de um sistema de exaustão de pó no condomínio, salientando as vantagens para a qualidade do ar e, com isso, despertar ainda mais o interesse das pessoas.
Para ficar mais fácil a construção do storytelling, as imobiliárias devem verificar antes:
- Para quem deseja falar;
- O que desejam falar;
- Por que querem transmitir essa mensagem;
- Como querem contar a história.
Ou seja, o storytelling pode ser contado de diferentes maneiras, dependendo do público receptor, do conteúdo da mensagem e da finalidade da história.
Por exemplo, ao tratar de disjuntor para tomadas pode ser interessante um storytelling em vídeo, para mostrar os resultados da instalação.
Dessa maneira, o público poderá visualizar o conteúdo, criando ainda mais proximidade com a empresa.
Por outro lado, o storytelling também admite a inserção de episódios reais. Assim, a imobiliária pode realizar uma entrevista com um cliente satisfeito, perguntando sobre o sistema de controle de acesso digital do condomínio e como essa tecnologia evita furtos.
O ideal é escolher alguém que passou por algum conflito, mas que resolveu o problema quando foi morar no imóvel com controle de acesso.
Vale ressaltar que as imobiliárias podem criar diferentes histórias para diferentes públicos. Isso porque cada conto possui suas especificações, que serão sentidas e absorvidas de modo diferenciado por cada pessoa.
Por exemplo, uma história sobre uma casa totalmente equipada, com área externa, dispositivo de retorno para piscina e churrasqueira, pode não ser tão atrativa para um casal de idosos, que busca um ambiente menor e mais acessível.
No entanto, essa ambientação pode despertar o interesse de uma família com crianças, que deseja morar em uma casa espaçosa e ter um local de entretenimento para os filhos. Observe:
“Os filhos de Joana e Marcos estão em uma idade complicada. Tábata, Igor e Amanda, com 6, 10 e 12 anos (respectivamente) formam um trio imbatível.
O pequeno apartamento da zona leste não estava mais comportando todos eles, principalmente quando chegou Nina, a nova integrante de quatro patas da família.
Os vizinhos começaram a reclamar dos latidos e do barulho das crianças – Joana e Marcos não acharam outra alternativa, senão deixar de lado o apartamento que moravam desde o namoro.
Apesar de apegados, o casal encontrou uma casa dos sonhos: piscina, churrasqueira e uma grande área de lazer.
Igor já saiu correndo pelo quintal, gritando que lá seria o seu campo de futebol particular, enquanto Tábata pediu ao pai uma barraca pequena, para poder ver as estrelas à noite”.
É uma história simples, mas que demonstra com objetividade para quem ela é voltada: para famílias grandes que buscam casas com áreas de lazer, em especial, para casais com filhos pequenos.
Portanto, é preciso verificar precisamente para quem a história será contada. Um bom storytelling pode fazer a diferença na hora de fechar negócio, ainda mais quando se procura um imóvel para morar.
Outro bom exemplo é um storytelling que traga elementos inovadores, demonstrando como os personagens puderam facilitar o dia a dia.
A imobiliária pode contar a história de uma casal que trabalhava demais e decidiu investir em um sistema de automação de iluminação, som, ar-condicionado e outros equipamentos, transformando a casa em um local altamente tecnológico.
Com isso, o casal conseguiu otimizar as atividade, ter mais tempo e puderam até viajar no final de ano.
Diante disso, percebe-se que tudo pode virar uma boa história, mas é preciso saber como contá-la e para quem contá-la.
Os depoimentos também são estratégias de storytelling eficientes para as imobiliárias. No website do negócio, é possível ter uma parte inteiramente dedicada aos clientes, que mandaram relatos sobre a experiência de morar em um determinado bairro.
Do mesmo modo, os depoimentos podem abordar sobre as vantagens de contar com um condomínio com corrimão de aluminio para escada externa, sobre a vizinhança, etc.
Assim, os usuários que acessarem o site da imobiliária podem ter uma ideia da reputação dos imóveis vendidos/alugados, diante dos depoimentos de clientes satisfeitos.
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Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.