O consórcio e o financiamento são duas modalidades diferentes, mas que possibilitam às pessoas adquirir bens como automóveis e imóveis.
O sonho de todos os brasileiros é ter a casa própria, e para isso existem vários caminhos. O mais procurado é o financiamento, pois é a melhor forma de comprar a propriedade, sem ter o valor todo e sem precisar esperar.
As pessoas também podem optar pelo pagamento à vista, mas não são todos que podem comprar dessa maneira. Quem possui algum tipo de restrição e não consegue financiar, pode optar pelo consórcio.
Nessa modalidade, o consumidor está no valor das parcelas do imóvel e espera ser contemplado. No ato da contemplação, ele pode assumir o pagamento do restante da propriedade, ou antes disso, pode dar alguns lances para pegar a carta de crédito.
Entre consórcio e financiamento, o ideal é guardar dinheiro para comprar o imóvel à vista, mas para quem tem um pouco de pressa, essas opções podem ajudar.
Por isso, neste artigo, vamos explicar o que é consórcio, o conceito de financiamento e mostrar qual das opções é melhor para adquirir uma propriedade. Confira!
O que é consórcio, afinal?
O consórcio é um grupo de pessoas que se juntam e possuem o mesmo interesse, que no caso é a compra de um bem. Elas arrecadam determinada quantia durante um tempo, e todo mês um integrante é contemplado com uma carta de crédito.
Ao receber essa carta, o contemplado pode adquirir o imóvel. O funcionamento desta modalidade é mais simplificado, visto que todos os meses, os integrantes do consórcio contribuem com um valor, definido conforme o total do crédito.
Independentemente de a propriedade ter jardinagens e paisagismo, do seu tipo ou da localização, trata-se de uma modalidade formada por um grupo de consorciados, por isso, a pessoa interessada em participar precisa adquirir uma cota.
Todos os meses, um participante é contemplado e obtém o valor necessário para fazer a compra da propriedade, sendo que todos competem em igualdade de condições durante cada sorteio realizado.
Os participantes também podem oferecer lances para antecipar a contemplação e conseguir a carta de crédito rapidamente.
Outra possibilidade é usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para fazer as ofertas ou simplesmente quitar a carta de crédito.
Do que se trata o é financiamento?
Financiamento imobiliário nada mais é do que uma linha de crédito, oferecida por bancos para que os consumidores possam adquirir imóveis de diferentes tipos, principalmente casas e apartamentos.
O valor costuma cobrir 80% da propriedade e o pagamento pode ser feito em até 35 anos. O montante pago pelo cliente é conhecido como saldo devedor e deve ser pago parceladamente.
Mesmo antes de quitar totalmente a propriedade, o comprador pode fazer alterações no imóvel, como automatização de portões. O valor da parcela é baseado na renda do comprador e não ultrapassa os 30%.
Portanto, uma pessoa que ganha R$ 1.000,00 por mês vai pagar uma parcela de até R$ 300. Para saber qual o valor você vai pagar no bem que pretende comprar, basta fazer essa conta.
Para entender melhor o financiamento imobiliário, é necessário compreender o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
No SFH, as regras são totalmente determinadas pelo governo federal, sendo que o valor máximo do imóvel não deve ultrapassar R$ 1,5 milhão, e o valor máximo do custo efetivo total deve ser de 12% ao ano.
Dentro do sistema SFI não existem pré-condições, e tanto os bancos quanto os clientes são livres para negociar. No entanto, é o SFH que permite o uso do FGTS.
Quanto aos juros e taxas, eles são determinados pelos próprios bancos, mas eles costumam acompanhar um limite para competir entre si.
Se o comprador encontrar uma taxa atraente, pode adquirir o imóvel e a partir disso fazer as melhorias necessárias, como instalação de armários para escritório.
Os valores da taxa podem mudar por conta do cenário econômico, mas para se ter uma ideia, no ano de 2020, ela permaneceu entre 6,5% e 7,99%.
Apesar de o pagamento desse tipo de opção ser parcelado, assim como no caso do consórcio, os dois são muito diferentes, o que pode deixar muitas pessoas na dúvida.
Qual a melhor opção para ter seu imóvel no consórcio?
Para saber qual é a melhor opção para você e sua família, é fundamental compreender as diferenças entre esses consórcio e financiamento, e dentre os pontos que mais se diferem estão:
- Taxas de juros;
- Custos totais;
- Entrada;
- Prazos.
As parcelas do financiamento dependem da taxa Selic, taxa referencial e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Inclusive, pode-se comparar os juros cobrados pelos principais bancos brasileiros.
Para conseguir um valor mais baixo, o comprador precisa atender a todos os critérios exigidos pelas instituições financeiras, como tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, renda familiar, dentre outros aspectos.
A aquisição de um imóvel com serviço de pintura residencial novo por meio do consórcio não possui cobrança de juros, uma vez que a correção não depende dos reguladores oficiais, como no caso da taxa Selic.
O reajuste das parcelas que acontece anualmente é baseado no INCC (Índice Nacional de Custo de Construção). Trata-se de um indicador que mede a variação de custos daquilo que é usado nas construções, e que costuma estar abaixo da taxa Selic.
O CET (Custo Efetivo Total) do financiamento está além das taxas Selic, TR e IPCA. Do mesmo modo, existem outros tributos relacionados ao pacote de serviços prestados pelas instituições financeiras.
Também ao acréscimo de taxas dos seguros obrigatórios e do tipo de amortização escolhido, como a Tabela Price e SAC.
Independentemente das condições encontradas nas instalações elétricas dos imóveis adquiridos por meio de consórcio, sua mensalidade se baseia no fundo comum correspondente ao valor da propriedade.
Ademais, são cobrados valores relacionados ao seguro, bem como uma taxa administrativa que serve para cobrir os custos com manutenção.
Os bancos também estipulam um valor limite para os financiamentos, como no caso da Caixa Econômica Federal que financia até 80% do valor do imóvel. Os outros 20% devem ser desembolsados pelo comprador.
Por outro lado, o consórcio não cobra taxa de entrada, o que faz dele uma opção muito atraente para quem não tem dinheiro no momento e quer comprar a casa própria.
Quanto aos prazos, o financiamento considera períodos de carência e amortização. O banco analisa o perfil de risco do comprador, e quanto maior for a isenção de crédito, mais cara será a propriedade no final.
Os consórcios, por sua vez, possuem prazos definidos pela própria administradora e que são estipulados no contrato.
Os compradores precisam fazer uma análise cuidadosa em suas salas coworking, afinal, não existe uma alteração considerável no valor final, independentemente da quantidade de parcelas permitidas, uma vez que não existem correções de taxas.
Levando em conta essas diferenças, você pode usar outro recurso para escolher entre consórcio ou financiamento, como no caso da calculadora disponível nos sites das instituições financeiras.
Para fazer o cálculo, elas questionam se a propriedade será para uso de pessoa física ou jurídica, se o imóvel é residencial ou comercial, se é uma moradia nova ou usada, a localização, valor aproximado, renda bruta familiar e data de nascimento do interessado.
Assim como no caso da liberação de crédito para a reforma de apartamentos, a instituição financeira também questiona a possibilidade de utilizar o FGTS.
Ao fazer esse cálculo, fica mais fácil encontrar um banco que ofereça as condições mais adequadas ao seu perfil de comprador.
Além disso, existem calculadoras nos sites das empresas que vendem consórcio, e o interessado pode compreender melhor a proposta e se certificar de que as taxas são mais razoáveis.
Mas não se esqueça de averiguar a urgência de aquisição do imóvel, pois para aqueles que têm um pouco mais de pressa, o financiamento é a melhor opção, visto que o imóvel é entregue após a assinatura do contrato.
Com o consórcio não é assim, pois, primeiro, o participante precisa ser contemplado para pegar a carta de crédito.
Somente após isso, é possível adquirir a propriedade propriamente dita e fazer todas as alterações que o novo proprietário quiser, como fechamentos de vidro.
Considerações finais
Adquirir a casa própria é o sonho de muitas pessoas no Brasil, e existem várias maneiras de fazer isso. Para quem gosta de manter as finanças sempre organizadas, é muito importante avaliar todas as possibilidades.
A compra à vista sempre será a melhor opção, mas ela não é acessível a todos, e as outras modalidades surgiram para facilitar a vida de quem quer adquirir esse tipo de bem.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.