O mercado imobiliário vem sofrendo mudanças por conta do isolamento social, assim como muitas outras empresas. A pandemia do novo coronavírus mudou – e muito! – a realidade com a qual estávamos habituados a lidar.
Pessoas tiveram suas rotinas alteradas, principalmente no que diz respeito a seu dia a dia de trabalho. Isso porque o home office se tornou uma realidade e sua tendência foi acelerada.
Além disso, o fato de ter que evitar aglomerações em espaços comerciais fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa do que o normal.
Por exemplo, para um casal que mora em um apartamento com crianças, pode ser um pouco difícil conseguir privatividade e concentração enquanto trabalha.
Esse modelo ilustra porque as pessoas, que antes preferiam espaço pequenos e práticos, agora estão em busca de imóveis maiores para que possam trabalhar e ter um pouco mais de privacidade até toda essa situação passar.
Todas essas mudanças refletiram muito no mercado imobiliário, que também precisou se readequar e encontrar novas possibilidades para solucionar as necessidades dos consumidores.
Pensando nisso, fizemos este artigo para falar quais são as principais mudanças no mercado imobiliário, como este setor está reagindo à atual situação da economia e de que forma essas mudanças se tornaram tendências. Acompanhe!
Quais as principais mudanças no mercado imobiliário?
Por conta da pandemia do Covid-19, mudanças significativas ocorreram nos comércios, em todos os setores e ao redor de todo o planeta.
Isso chegou ao mercado imobiliário trazendo diversas transformações. Algumas das principais são:
1 – Negociação de aluguel
A aquisição de novos clientes está mais difícil, e isso pode ser sentido tanto pelas imobiliárias quanto por qualquer outro setor, como no caso de gráficas que fazem envelope personalizado a4.
Por isso, o ideal é manter os clientes atuais por meio de ações, como a negociação de aluguéis, dentro de alguns cuidados e segurança jurídica.
Isso está acontecendo por conta do isolamento social, que obrigou muitas empresas e demitirem uma grande quantidade de funcionários, principalmente no setor comercial. Com isso, algumas pessoas estão tendo dificuldades para pagar o aluguel.
Para ajudar a superar a crise e a recessão econômica, é necessário fazer uma negociação transparente para preservar o relacionamento e, claro, os lucros. Dentre os cuidados necessários da imobiliária estão:
- Comprovar perda de renda ou desemprego;
- Incluir recuperação futura do desconto;
- Fazer termo aditivo contratual;
- Descriminar o abono no boleto.
Para organizar as solicitações de negociações e não se perder, a imobiliária pode usar talões de pedidos ou adicioná-los a uma planilha.
2 – Mudanças na busca de imóveis
Devido o isolamento imposto pelo governo, as visitas aos imóveis foram restringidas. Em alguns lugares já é possível realizar a visita presencial a uma casa ou apartamento, porém, dentro de rígidos controles de higiene e medidas protetivas.
Por isso, as pessoas que estão buscando um novo lar adotaram a visualização virtual dos imóveis. Para isso, é necessário que a imobiliária disponibilize vídeos de qualidade, bem como imagens nítidas e bem feitas.
Isso evita que as pessoas precisem sair de casa e até mesmo que a imobiliária perca uma boa oportunidade de negócio.
Podem ser usados aplicativos que filtram os imóveis, de acordo com o valor desejado de compra ou locação, local desejado e tipo de imóvel. Por meio deles, as visitas presenciais são adiadas, evitando a contaminação pelo vírus.
3 – Mudanças de valores
Houve mudanças nos valores dos imóveis,o que pode ser favorável tanto para inquilinos, quanto para proprietários. A baixa de valores ocorre para que casas e apartamentos sejam mais atrativos e o setor não seja tão afetado.
Também cresceu muito a busca por imóveis maiores por conta do home office e do maior convívio entre os membros da família.
O gestor de uma loja e-commerce de esquadrias, por exemplo, precisa de um espaço reservado para trabalhar melhor, aumentando sua produtividade e concentração.
Da mesma forma, há mais oportunidades de negociação, por conta da facilidade que a internet proporciona ao encontrar imóveis.
4 – Financiamento facilitado
Para não impactar tanto o mercado imobiliário e o setor de construção civil, o governo favoreceu taxa de juros para financiamentos, carência do prazo de pagamento de entradas e parcelas, melhorando o investimento em imóveis.
Também há descontos por parte das construtoras e imobiliárias, o que torna o momento favorável para pesquisar melhor e negociar.
Como o setor imobiliário está reagindo?
A expectativa, de início, era ruim, principalmente tendo em vista o fato de que o setor imobiliário estava se recuperando de uma crise. No entanto, o que se tem observado é o posto, e o mercado vem reagindo bem.
Isso acontece por diversos fatores, como a busca por imóveis maiores com escada de alvenaria e muitas outras exigências. Para explicar melhor, um dos fatores que colaboraram foi a taxa Selic estar no patamar mais baixo da história.
Isso está somado a uma nova demanda por imóveis maiores e mais espaçosos, por conta do confinamento, que ajudou a impulsionar tanto vendas quanto locações.
Além disso, as imobiliárias precisaram investir em recursos 100% digitais para não ficar para trás.
O mercado está otimista, no entanto, ainda há o receio do desemprego, que leva a outra reação das imobiliárias: a negociação de aluguéis, conforme falamos anteriormente.
Caso o desemprego aumente e a economia não melhore nos próximos meses, a tendência é que os preços permaneçam estáveis.
O aumento nas vendas também surpreendeu o setor, tendo uma alta de 0,23%, superando os meses de março e abril de 2020.
A maior dúvida, no momento, é em relação à pós-pandemia, pois o setor não sabe se o consumidor estará confiante na retomada da situação econômica.
Apesar de tudo, o mercado tem reagido bem, pois há uma forte tendência de recuperação do setor industrial, como empresas de corte e dobra de aço, além do fato de que os preços dos imóveis não se alteraram tão drasticamente.
Todas as transições trazidas pela pandemia ao mercado imobiliário não param por aí, pois algumas tiveram altas inclinações. Mas as imobiliárias já se atentaram e estão preparadas para elas.
Mudanças que se tornaram tendências
Muitas transformações se tornaram tendências e serão uma realidade após a pandemia, como, por exemplo, a preferência por pintura em epóxi e imóveis maiores. Algumas das principais são:
1 – Aumento do número de financiamentos
Antes da pandemia, mesmo famílias de alta renda estavam preferindo morar de aluguel, pois existiam outras opções de investimento muito mais lucrativas.
No entanto, com a necessidade do isolamento social, questões patrimonialistas se afloraram nos brasileiros, inclusive na geração millennials. Tudo porque pagar por um espaço com uso determinado e compartilhado se tornou um incômodo.
Mesmo assim, o mercado de locação não vai minguar, no entanto, o sonho da casa própria recobrou as forças e está de cara nova por causa da pandemia.
2 – Mais tecnologia
Além da necessidade do distanciamento social, as pessoas estão mais conectadas, seja para procurar um imóvel ou um buffet para aniversário infantil.
A transformação digital foi acelerada, o que fez com que as imobiliárias e construtoras investissem pesado em tecnologias que permitam a visualização de imóveis virtualmente e até mesmo os processos de compra.
Os pontos físicos, então, deixaram de ser prioridade para esse setor, que mesmo após a normalização da situação, continuarão investindo em recursos tecnológicos.
3 – Desburocratização nos cartórios
Mesmo com a tecnologia e os meios digitais crescendo e se tornando uma realidade no dia a dia de empresas, como fabricantes de perfil para forro pvc, os cartórios continuaram relutando em meios que facilitem a negociação eletrônica.
No entanto, isso mudou por conta do atual cenário, chegando ao ponto de se realizarem vendas de imóveis de modo online.
Quando a Covid-19 entrar para a lista de doenças que a humanidade superou, é possível que haja um retrocesso, mas isto vai depender de como as coisas vão caminhar.
4 – Imóveis maiores e descentralizados
Os imóveis maiores ganharam um destaque que há muito tempo não tinham. Isso porque, como já mencionamos, as pessoas estão passando mais tempo em casa, incluindo o horário de trabalho, por conta do home office.
Além disso, a busca por imóveis afastados dos grandes centros, localizados em bairros mais tranquilos e em cidades do interior cresceu consideravelmente.
As pessoas compreenderam a importância da tranquilidade e do contato com a natureza para uma qualidade de vida superior.
Conclusão
O mercado imobiliário vem passando por muitas mudanças, mas todas elas estão atreladas à nova situação trazida pelo novo coronavírus. Muitas se tornaram tendências e serão realidade, mesmo após a normalização.
O fato é que o mercado está reagindo bem e conseguindo superar mais essa crise, afinal, as pessoas continuam precisando de um lugar para morar, e tais mudanças beneficiaram valores, tipos e maneiras de negociar os imóveis.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.