O mercado imobiliário é constantemente afetado por uma série de taxas variáveis, que podem causar uma grande mudança no panorama negocial.
Investir em um imóvel próprio é um importante passo na vida de uma pessoa, e por esse motivo, a maioria dos compradores requer cautela e muita precisão na hora de negociar.
Um imóvel que esteja pronto para a venda, deve estar de acordo com uma série de regras, desde itens de segurança como o laudo nr10, até a documentação.
Do outro lado, os vendedores também estão em um momento financeiramente importante em suas vidas, e devem tomar o mesmo tipo de cuidado para que a transação seja feita de forma tranquila e dentro das regras legais.
Compreender os impostos e taxas que compõem o mercado imobiliário é fundamental para um corretor conseguir se preparar para suas variações.
Todo o processo de compra e venda de um imóvel passa por uma série de negociações, e as mesmas envolvem taxas. É comum que seus clientes, tanto vendedores quanto compradores, tenham dúvidas com relação a taxas e impostos essenciais para pagar.
Nem sempre é necessário adequar-se a uma lei específica, mas dependendo da localização do imóvel, você pode precisar de uma licença ambiental ibama para construir ou comprar uma propriedade em um local específico.
Além de saber eximir essas dúvidas, um corretor deve levar em conta que o impacto dessas taxas variáveis pode afetar seu lucro também, tanto positivamente, quanto negativamente.
Por isso, o ideal é estar sempre atento às variações de mercado para saber o melhor momento de fechar a transação.
Taxas do comprador
Quando uma pessoa decide comprar um imóvel, é importante identificar algumas taxas que são necessárias para garantir a legalidade da transação. A primeira é conhecida como a taxa de corretagem.
Esse valor, que normalmente é algo em torno de 6% a 8% do valor do imóvel, costuma estar incluso no preço de venda do imóvel, sendo descontado quando o comprador faz o pagamento.
Um comprador que tenha acabado de se casar, provavelmente procurará o melhor possível em questão de isenção de taxas, por ainda arcar com contas da cerimônia como buffet para festa de casamento simples.
Além disso, em caso de imóveis novos, costuma-se cobrar uma taxa conhecida como SATI, ou Taxa de Serviço de Assessoria Técnico-Imobiliária.
Essa tarifa representa a utilização de serviços de apoio técnico e jurídico que a incorporadora oferece para a execução do contrato.
Tal serviço normalmente é opcional, e tem como objetivo auxiliar o cliente a encontrar a opção mais adequada de imóvel para seu orçamento, além de esclarecer dúvidas e questionamentos sobre o processo em si. O valor costuma ser 1% do valor do imóvel.
Entre os impostos obrigatórios, encontra-se o ITBI, Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. O valor dessa taxa varia de cidade em cidade, e deve ser pago em um período estipulado pela administração local.
Este imposto é fundamental para transferir o imóvel para seu nome, tornando-o legalmente dono do local. A oficialidade da transmissão do bem só será efetuada depois de pago esse imposto.
É válido lembrar que antes de finalizar qualquer contratação, é preciso garantir que o imóvel está em condições de compra. Até detalhes como rufo telhado devem ser avaliados para ter certeza de que tudo está em ordem.
A escritura pública é outro documento de comprovação de propriedade. Ele deve ser pago em um cartório, que registrará o dono do imóvel e seu valor é baseado no valor venal do imóvel.
Existem vários tipos de escritura, sendo preciso identificar corretamente qual será utilizado na transação.
Depois que o ITBI e a escritura estão pagos, é hora de seguir com o processo utilizando o Registro de Imóvel, que também pode ser realizado no cartório.
Taxas do vendedor
Por outro lado, o vendedor do imóvel também tem sua cota de taxas a pagar. Caso ele não coloque no valor de venda a taxa de corretagem, caberá a ele custear esse valor pelo serviço prestado pela imobiliária.
Além disso, o vendedor deve registrar junto a seu Imposto de Renda a transação, e em caso de lucro, deve ser pago 15% sobre seu ganho de capital, que é a diferença entre o valor de compra e de venda.
Um nutricionista esportivo que esteja procurando vender um imóvel de família, provavelmente terá que lidar com algumas taxas, mas pode se enquadrar nos casos especiais.
Existem, entretanto, algumas exceções que devem ser levadas em conta, como por exemplo:
- Imóveis comprados até 1969 têm isenção;
- Herança possui isenção ou abatimento, dependendo do caso;
- Desconto para imóveis comprados entre 1970 e 1988;
- Imóveis únicos com valor de até 440 mil.
Portanto, é importante conferir antes de iniciar o processo de venda, para evitar dores de cabeça com impostos e taxas que podem aparecer.
Existe uma série de documentos que devem ser levados em conta na hora de fazer a transação de um imóvel.
Pensando nisso, torna-se fundamental separar um valor para arcar especificamente com esses custos, que normalmente são solicitados por um despachante que fará a obtenção dos documentos.
Os valores, nesse caso, dependerão de quanto o despachante em particular irá cobrar.
O mercado na pandemia
Recentemente, a pandemia do COVID-19 mudou a forma como vivemos.
Todos os mercados foram afetados, e com o imobiliário não seria diferente. Entretanto, apesar do período inicial de choque, especialistas do campo afirmam que o momento é positivo para buscar o sonho de conquistar seu próprio imóvel.
Propriedades começaram a ter valorização ou desvalorização por elementos simples de segurança, como um hidrante de parede, por exemplo.
Nos últimos anos, os juros do mercado imobiliário tem sido reduzidos consideravelmente, além da taxa SELIC (imposto básico de juros sobre operação de crédito) ter visto sua pior fase na história, o que também impacta a compra e venda de imóveis.
No entanto, como a compra de um imóvel é uma transação financeira de período longo, com impacto de muitos anos, é possível sobrepujar essa baixa e encontrar um preço muito mais favorável de juros, o que torna o momento atual muito mais favorável para o mercado.
Com o auxílio da tecnologia, o mercado imobiliário teve que se reinventar, modificando a forma de vender seus produtos e de realizar operações simples, como visitas em apartamentos ou casas.
Hoje em dia, é possível agendar uma “visita virtual”, na qual o cliente é guiado por câmeras que mostram todo o ambiente para que ele possa avaliar ,sem sair de casa, se o imóvel se adequa às suas necessidades.
Além disso, diversas empresas estão se mantendo competitivas, oferecendo gratuidade em algumas taxas e facilitação de pagamento, considerando até mesmo diminuir os valores de entrada de um imóvel.
Com isso, o consumidor acaba ficando muito mais próximo da ideia de comprar um imóvel, uma vez que a situação está mais favorável.
Por conta da digitalização de vendas de imóveis, grande parte da burocracia necessária para a realização do ato tem sido reduzida.
É possível até mesmo ver detalhes do imóvel, como se a porta com fórmica está em perfeitas condições.
Algumas etapas podem utilizar ferramentas como assinaturas digitais para conseguir dar sequência ao processo, evitando idas desnecessárias a cartórios e bancos, que em muitos casos, estão fechados ou com horários de atendimento reduzidos.
Já a tendência do mercado tem mudado consideravelmente por conta da pandemia do coronavírus. Antes, as pessoas estavam buscando studios e apartamentos menores, em locais com áreas comuns diversificadas e com muitas atividades.
Por conta da atual situação do país, houve um aumento na busca por apartamentos maiores.
Isso porque a maioria das empresas tem optado pelo regime de home office para o trabalho, e a tendência é que continue assim mesmo após a pandemia, uma vez que não se vê mais a necessidade de que o funcionário permaneça no escritório sem necessidade.
A exigência de uma plataforma elevatória escadas para a manutenção de um prédio pode ser um elemento importante no impacto da venda.
Isso, aliado à desburocratização e a facilidade de pagamento com a redução de taxas, começou a gerar interesse nas pessoas para buscar imóveis que possuam mais cômodos, para que possam criar um ambiente de trabalho dentro de suas casas.
Assim, um trabalhador de home office pode se programar para seu horário de trabalho sem perder o ambiente familiar e aconchegante de sua casa.
Essa facilitação do teletrabalho também começou a mudar a tendência de localização entre as pessoas que procuram imóveis.
A maioria delas começou a buscar bairros mais afastados de grandes centros comerciais, uma vez que o deslocamento ao local de trabalho não se faz mais necessário.
Considerações finais
Com as taxas reduzidas e o mercado ativo, muitas pessoas estão aproveitando para procurar um imóvel para morar durante o período da pandemia.
Vale lembrar que é uma excelente época para ofertar imóveis diferenciados em condições para conquistar uma cartela maior de clientes.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.