O sonho da casa própria tornou-se mais simples com o financiamento imobiliário.
Não é à toa que muitas pessoas buscam formas de investir em um imóvel através da modalidade, que permite o pagamento facilitado e a taxa de juros menores.
Embora o financiamento não dependa do corretor, sendo uma escolha do próprio cliente, este profissional pode agilizar o processo de aquisição financeira, fazendo com que a venda do local seja menos burocratizada.
Por isso, o artigo de hoje é especialmente focado para os corretores imobiliários que desejam saber mais sobre financiamento para auxiliar seus clientes. Acompanhe a leitura!
O que é financiamento?
Existem vários tipos de financiamentos, não apenas de imóveis, mas também para automóveis, sendo mais fácil tirar a transferência de veículo entre estados ou adquirir um carro novo, bem como crédito pessoal, estudantil, máquinas agrícolas, etc.
No caso dos imóveis, o financiamento é bastante recorrente, visto que o preço para aquisição de uma casa é dispendioso e, nem sempre, os clientes contam com a quantia necessária para uma compra à vista.
De modo geral, o financiamento consiste em uma forma de pagamento em que o cliente parcela a fatura mensalmente, em inúmeras mensalidades, conforme às suas finanças.
Ou seja, é uma modalidade viável tanto para quem tem a renda baixa, quanto para pessoas com poder aquisitivo maior.
Os bancos são os grandes provedores de financiamento e montam um programa de pagamento a partir do perfil dos consumidores.
É importante que os interessados se atentem às condições, como valor mínimo de compra, taxa de juros, prazos de pagamento, tipo de imóvel, limites de crédito e outros custos adicionais.
Enquanto o cliente estiver pagando o financiamento, o imóvel fica relacionado ao indivíduo que comprou, no entanto, não pode ser negociado durante o tempo em que a dívida não for totalmente sanada.
No caso de bancos públicos, é possível financiar imóveis pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, para famílias com limite de renda mensal bruta de até R$ 5 mil, que moram em cidades constituintes de regiões metropolitanas ou semelhantes.
O imóvel deve ter um valor de até R$ 190 mil, com 100% de financiamento, com parcelas de até 240 meses; 90% em 300 meses; ou 80% em 360 meses.
Para casas novas, usadas ou construção em terreno, é possível pedir financiamento pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em que o processo é feito com base nos recursos de poupança captados pelo banco.
Em bancos privados, as taxas de juros são personalizadas, conforme a renda da cada cliente e o valor de financiamento.
Hoje em dia, com as facilidades para se obter um empréstimo, muitas pessoas fazem negócio com os bancos para as mais diversas atividades.
Por exemplo, para a realização de festas grandiosas, como matrimônios para mais de 250 pessoas, com guardanapo personalizado casamento, entre outros.
Quais são as condições de financiamento?
Quase todos os bancos oferecem possibilidades de financiamento aos seus clientes. No entanto, alguns aspectos diferenciam cada uma das negociações, como:
- Condições de pagamento;
- Taxa de juros;
- Duração dos contratos;
- Valor do imóvel a ser financiado.
Para escolher o melhor empréstimo imobiliário, os corretores devem orientar seus clientes sobre os bancos com melhores condições, mas levando em consideração a renda, as necessidades e as preferências de cada um.
Além disso, é importante ressaltar o valor do imóvel.
Por exemplo, quando um interessado deseja muito uma casa com suporte para fixação de painel solar, os corretores devem deixar claro que o local pode ter um valor maior, devido às condições para instalação de sistemas fotovoltaicos.
Depois de escolher o banco certo para financiamento, o próximo passo é ir até uma agência certificada, conversar com o gerente e começar as etapas burocráticas para a liberação do crédito (dinheiro).
Atualmente, com a ajuda da tecnologia, o financiamento pode ser liberado em pouquíssimo tempo, o que acelera o fechamento de contratos.
Documentos necessários para financiamento
Para dar início ao financiamento imobiliário, o cliente precisa entregar os documentos originais e cópias do RG, CPF, comprovantes de estado civil e renda (holerites, extratos bancários, declaração de imposto de renda, etc).
No caso de um casal, ambos precisam entregar os arquivos.
Os profissionais autônomos, como quem trabalha com frete para moto, podem comprovar renda através do contrato de prestação de serviços e declaração do imposto de renda.
Além disso, também devem apresentar declaração do sindicato da categoria. Os recibos por trabalhos prestados, ou até uma Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (DECORE), também são opções.
Quem tem cadastro como microempreendedor individual (MEI), a comprovação é até mais simples, pois no próprio Portal do Empreendedor é possível recolher as NFs (notas fiscais) para comprovação de renda.
No caso dos trabalhadores rurais, ambulantes, diaristas, entre outros profissionais que não possuem conta em banco, é necessário preencher uma ficha de cadastro, com orientação do gerente.
Dessa forma, o próprio banco orienta quais documentos são necessários para iniciar o processo de financiamento.
A comprovação da renda do cliente é indispensável, visto que ela irá atestar a capacidade de pagamento das prestações.
Vale dizer que o valor das parcelas não pode ser maior do que 30% da renda familiar bruta.
Fora isso, o banco também avalia a situação cadastral dos interessados, isto é, a verificação do nome no Serasa ou SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Por isso, caso o cliente esteja devendo algo, como o pagamento de uma proveta de vidro 1000ml, o banco pode não liberar o financiamento.
Porém, se não houver maiores problemas, a liberação do crédito é aprovada, com período de validade que varia para cada banco, conforme às condições previstas em contrato.
Finalmente, o banco faz a avaliação do imóvel financiado, com o objetivo de confirmar o seu valor.
Normalmente, o processo é feito por meio de uma empresa, engenheiro ou arquiteto, ou empresa especializada, que terá argumentos para comprovar ou não o preço do local.
Por exemplo, a falta de uma renovação de licença ambiental pode influenciar no valor do imóvel e, por esse motivo, é importante que o banco faça todo este procedimento.
Após a avaliação, o banco elabora um contrato, requisitando assinatura de vendedor e comprador. O documento deve ser registrado em cartório e levado até à agência bancária. Somente depois desse processo, o financiamento é liberado.
É importante lembrar que o comprador pagará as dívidas ao banco, não ao vendedor.
Quais os principais tipos de financiamento?
Como dito anteriormente, o financiamento pode ser usado para várias compras, como a aquisição de uma máquina agrícola, incluindo uma bomba centrífuga sanitária, um automóvel, e até mesmo para a realização de festas.
No entanto, no caso do financiamento imobiliário, é importante verificar quais são os principais tipos de negociação, já que existem condições específicas para a compra de um imóvel, seja novo ou usado.
Os financiamentos imobiliários podem ser feitos com o uso dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Também há a possibilidade de financiar o preço direto com a construtora. A seguir, veja as especificações de cada um deles.
1 – FGTS
O financiamento pelo FGTS faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Para aquisição do crédito, há um limite do valor do imóvel e do próprio financiamento.
As pessoas que podem tirar financiamento pelo FGTS devem ter uma renda familiar máxima, em um valor diferenciado para cada região do país. As taxas de juros são mais baixas que no SBPE.
2 – SBPE
No SBPE não há limite de renda para o financiamento. Por esse motivo, grande parte dos compradores acaba optando por essa modalidade, em especial trabalhadores informais, profissionais autônomos e microempreendedores individuais.
Mesmo quem trabalha com a venda de selo mecânico duplo pode aproveitar o SBPE para a retirada de financiamento imobiliário.
Para o SBPE, as taxas de juros não podem ser superiores a 12%, quando o valor do imóvel financiado está nos limites do SFH. Caso contrário, os juros podem ultrapassar a porcentagem.
3 – Construtoras
Os financiamentos pelas construtoras oferecem grande flexibilidade de negociação.
Isso porque não há limites dos valores financiados, de renda ou taxa de juros. Contudo, há riscos para os compradores.
As empresas podem financiar a construção do imóvel com algum banco e, nestes casos, a casa ou apartamento fica hipotecado ao banco.
Isso significa que, em caso de falência da construtora, elas deixam uma dívida com a instituição financeira e o comprador pode até perder o imóvel.
Por esse motivo, é importante ter consciência das possíveis ocorrências ao financiar diretamente com as construtoras.
Conclusão
Seja em épocas de crise ou em condições prósperas, o segmento imobiliário continua em ascensão no Brasil.
Muito disso deve-se às facilidades de financiamento, que abriu portas para a compra da casa própria.
Por isso, é importante que os corretores conheçam um pouco mais sobre as condições de financiamento, para orientar os clientes da melhor maneira e, assim, conseguir fechar negócio com mais facilidade e praticidade.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.