O financiamento para aquisição e construção de imóveis aumentou consideravelmente em períodos de pandemia da Covid-19, devido à redução da taxa de juros dos bancos, em conjunto com a diminuição histórica da Selic para quase 2% ao ano.
Ou seja, o momento de instabilidade ao lado de boas perspectivas para investimentos estáveis fez com que a procura por imóveis financiados tivesse um amplo crescimento.
O efeito home office também impactou o setor imobiliário, já que muitas empresas afirmaram que vão manter o teletrabalho, mesmo após a pandemia.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume liberado com recursos de poupança teve uma alta de 29% do primeiro semestre de 2020, em comparação ao ano passado.
No entanto, há muitas dúvidas sobre como tirar um financiamento imobiliário. Afinal de contas, é preciso seguir algumas etapas para conseguir o empréstimo.
No artigo de hoje, saiba como um financiamento da Caixa pode te ajudar a sair do aluguel e aprenda a pedir a solicitação junto ao banco. Acompanhe a leitura!
Financiamento na Caixa: o que é preciso saber
O financiamento pela Caixa Econômica Federal é uma das opções mais viáveis para a aquisição da casa própria e de investimento mobiliário. Isso porque a entidade oferece melhores condições de pagamento e um dos menores juros do mercado.
Além disso, a Caixa permite o financiamento de imóveis residenciais e demais estabelecimentos, como comércios, laboratorios, entre outros.
Mas, antes de ir até o banco para solicitar o empréstimo, é preciso conhecer algumas características importantes da Caixa. Veja abaixo:
1 – Valor do imóvel
Antigamente, a Caixa parcelava até 60% do valor do imóvel, sendo necessário dispor de uma entrada para solicitação do financiamento.
Hoje, o empréstimo pode contemplar até 70%, e para imóveis na planta ou em construção, o valor é ainda maior.
Caso as propriedades tenham um valor acima dos R$ 750 mil, isto é, residências e estabelecimentos de alto padrão, o financiamento também pode ser de até 80%.
Por causa disso, diversas pessoas começaram a procurar por casas de alto padrão, já que o financiamento pode compensar. Assim, elas têm uma casa mobiliada, com gabinete de cozinha 2 metros, por exemplo, com quase todo o valor financiado.
2 – Limite de financiamento
A Caixa permitia o financiamento de imóveis com valor máximo de R$ 1,5 milhões.
Atualmente, o banco oferece possibilidade de autorização do empréstimo para propriedades de até R$ 3 milhões, de acordo com os critérios pré-definidos pela instituição.
3 – Redução dos juros
A Caixa também atualizou a sua tabela de juros, oferecendo o menor percentual desde 1999. A medida foi tomada após a diminuição da taxa Selic, que está com o menor valor de toda a história.
A redução de juros contempla as modalidades do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).
O mesmo ocorre com imóveis residenciais que estejam devendo algum valor na TR (Taxa Referencial). As condições podem chegar a 6,5% ao ano.
Como pedir o financiamento na Caixa?
O financiamento de imóveis é uma espécie de empréstimo negociado entre credor e comprador, como uma espécie de concessão.
Raramente é possível financiar o valor total do estabelecimento, porém, o programa “Minha Casa Minha Vida” permite que o banco quite 90% do valor do imóvel e também possam financiar os outros 10%.
A Caixa Econômica Federal, por ser uma empresa pública, oferece possibilidades para ingresso no “Minha Casa Minha Vida” de maneira facilitada, em comparação aos outros bancos privados.
Assim, é possível conquistar o sonho da casa própria completa, totalmente reformada com divisórias e gesso, com um financiamento próximo de 100% do valor.
Porém, se esse não é o seu caso, a recomendação é poupar um valor de até 30% do preço do imóvel, para dar a entrada do financiamento.
A seguir, confira o passo a passo para pedir o empréstimo imobiliário na Caixa.
1 – Escolha o imóvel
Em primeiro lugar, é necessário escolher o imóvel a ser financiado. Não é preciso fechar negócio de imediato, mas sim, ter uma ideia de valor médio, para iniciar a negociação com o banco.
Uma alternativa é procurar em portais imobiliários para levantar o preço dos imóveis que atendam às suas exigências.
Vale dizer que diversos fatores influenciam na valorização da propriedade, como a localização, o acompanhamento de mobília, a instalação de alarme antifurto volumétrico, etc.
Com a média de preços em mãos, é possível ir até a Caixa, para saber as condições de financiamento, conforme o valor do imóvel.
2 – Simule o empréstimo
Depois de conhecer o preço da propriedade, é válido fazer a simulação do financiamento para se ter uma noção dos montantes de entrada e parcelamento. O próprio site da Caixa permite ter uma noção das parcelas, além de outras taxas inclusas.
Isso ajuda a adaptar o valor do imóvel para a sua realidade financeira. Por exemplo, se o empréstimo for favorável para uma casa com iluminação para piscina de fibra, ou é necessário procurar por uma propriedade de menor valor.
Também é necessário considerar outros custos envolvidos, como despesas da residência, pagamento de documentos e do cartório, taxas de condomínio (quando houver), etc.
Lembre-se que o financiamento diz respeito ao valor do imóvel e não inclui essas outras despesas intrínsecas à aquisição da casa própria.
3 – Separe a documentação
Para a aprovação do financiamento, a Caixa solicita alguns documentos que asseguram o andamento do processo. São eles:
- Documento de identidade (RG ou CNH);
- CPF (quando não consta no RG ou CNH);
- Comprovante de estado civil;
- Comprovante de endereço.
Além disso, é necessário apresentar um comprovante de renda. Para isso, existem algumas opções tanto para os empregados formais, quanto informais.
- Empregadores formais: holerite atualizado e Carteira de Trabalho;
- Empresários: pró-labore ou declaração do Imposto de Renda;
- Trabalhador informal: atestar renda de R$ 1.903,98;
- Microempreendedores individuais: declaração do Imposto de Renda.
Os trabalhadores informais também podem comprovar renda com a apresentação da fatura de cartão de crédito, além de apresentação do Imposto de Renda, com folha de rosto e recibo.
Caso queira utilizar o saldo do FGTS para amortizar a entrada do financiamento na Caixa, é preciso mostrar o extrato devidamente atualizado.
A dica é escolher um imóvel que esteja dentro das suas condições de pagamento. Afinal de contas, caso a propriedade exija algumas reformas, como impermeabilização laje exposta, você terá recursos necessários para arcar com as despesas.
4 – Espere pela pré-aprovação
Essa é a etapa que mais gera ansiedade nas pessoas. A Caixa demora cinco dias úteis para dar a resposta do empréstimo pré-aprovado.
Se for positiva, você receberá os detalhes da compra, com prazo de pagamento, valor de entrega e os juros.
Para não correr nenhum risco, verifique se o seu nome está limpo, isto é, não há nenhuma dívida em aberto. Raramente a Caixa irá aprovar o financiamento imobiliário caso haja alguma restrição nos serviços de proteção ao crédito.
5 – Avaliação do imóvel
Por fim, uma equipe de profissionais da Caixa irá avaliar o seu imóvel de interesse. Eles farão a análise dos documentos do vendedor, além de averiguar se a propriedade está dentro das permissões do empréstimo da instituição.
A vistoria vai verificar todos os pormenores, incluindo as condições estruturais do imóvel, como o forro de gesso, instalações elétricas e hidráulicas, mobília, entre outras. Por isso, é importante que a propriedade escolhida tenha sido bem avaliada por você durante a busca.
O laudo final é entregue em até 15 dias, geralmente, seguido da aprovação pela instituição financeira e a assinatura do contrato.
Quais os benefícios do financiamento?
Uma das principais vantagens do financiamento imobiliário é oferecer recursos suficientes para a compra da casa própria para pessoas que não têm condições de pagar um imóvel à vista. Com isso, mais pessoas podem sair do aluguel, sem grandes burocracias.
Com esse empréstimo, é possível usufruir de uma propriedade sua, assim, quando o morador quiser investir em uma reforma, como troca do tijolo baiano 8 furos, ele pode fazer isso sem a necessidade de autorização.
Além disso, muitas vezes o pagamento da parcela de financiamento é muito mais barata do que o valor de um aluguel. Ou seja, é uma oportunidade de controlar os gastos e ter um imóvel próprio.
Conclusão
O texto de hoje buscou orientar as melhores formas de ter um financiamento aprovado pela Caixa Econômica Federal, uma das instituições mais confiáveis e com a melhor taxa de juros do mercado.
Desse modo, o empréstimo surge como uma alternativa extremamente viável para quem busca adquirir um imóvel próprio e sair do aluguel.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.